Mais que rabiscos

26 de fevereiro de 2012

Nos próximos posts falarei detalhadamente sobre as etapas pelas quais o livro passou até ele se tornar como o conhecemos. Porém, resolvi fazer um post introdutório apenas com curiosidades sobre uma das invenções mais importantes da humanidade: a escrita.

Se há uma coisa que me faz bem, é ler. Passar o tempo, sentir as mais diversas sensações, imaginar certas situações, lugares, pessoas... A leitura é uma coisa maravilhosa e só nos foi proporcionada graças à escrita.

O estudo da história foi dividido em dois períodos, a pré-história e a história. E o que motivou a ocorrer essa divisão se deve ao surgimento de registros escritos. A importância da escrita para a história e para a conservação de registros vem do fato de que os registros permitem o armazenamento e a propagação de informações não só entre indivíduos, mas também por gerações.
Com essa conquista, também possibilitou a oportunidade de conhecermos um pouco das antigas civilizações, descobrir como elas viviam, como era a agricultura, suas relações sociais entre outras peculiaridades.

As escritas mais antigas são a escrita cuneiforme usada pelos sumérios, na Mesopotâmia (atual Iraque) e os hieróglifos pelos egípcios, no Antigo Egito. Ambos os sistemas de escrita foram criados 4000 a.C.


Antes da escrita, além das marcas produzidas pelo decalque de suas mãos os homens da pré-história também desenhavam, com muita habilidade, as coisas que os cercavam.
Tive um professor de história que chamava de magia simpática, ou seja, desenhavam nas paredes das cavernas aquilo que eles desejavam que acontecesse, como por exemplo realizar uma caça bem sucedida.

Dos primeiros registros mais simples as escritas evoluíram para formas mais complexas, onde cada idéia era representada por um signo, são as chamadas escritas ideográficas. Os hieróglifos egípcios são um exemplo desse tipo de escrita.
Chineses e japoneses possuem escritas ideográficas até os dias de hoje.

As primeiras formas de escrita eram simples, com poucos signos e feitas sobre superfícies como argila, pedra ou madeira.





Pedra de Roseta

O Primeiro texto bilíngue a ser recuperado na história moderna, a Pedra de Roseta logo despertou grande interesse pela possibilidade de conter uma tradução da antiga língua egípcia, até então nunca decifrada.

O bloco de pedra apresenta glifos cunhados em três partes distintas. Cada parte revela um tipo de escrita que em nada se assemelha às demais. As três formas, depois de estudos, constatou-se que eram um texto em: Hieróglifos, Demótico egípcio e Grego clássico.

A pedra foi encontrada no Egito em agosto de 1799, por soldados do exército de Napoleão Bonaparte. Devido aos termos da capitulação francesa diante do Reino Unido em 1801, a pedra foi cedida às autoridades militares britânicas e depositada no Museu Britânico, onde se encontra até hoje.



Código de Hamurabi

Expõe as leis e punições caso essas não sejam respeitadas. Ele era exposto livremente à vista de todos, de modo que ninguém pudesse alegar ignorância da lei como desculpa. No entanto, poucas pessoas sabiam ler naquela época (com exceção dos escribas).

O Código de Hamurabi é um dos mais antigos conjuntos de leis escritas já encontrados, e um dos exemplos mais bem preservados deste tipo de documento da antiga Mesopotâmia. Hoje se encontra no Museu do Louvre.

Pontos principais do código de Hamurabi:
- lei de talião (olho por olho, dente por dente)
- falso testemunho
- roubo e receptação


"Olho por olho e o mundo acabará cego." Mahatma Gandhi



Paleografia é a ciência que estuda as escritas antigas, seus símbolos e significados.

A civilização fenícia foi uma cultura comercial marítima empreendedora que se espalhou por todo o mar Mediterrâneo durante o período que foi de 1500 a.C. a 300 a.C.
O alfabeto fonético fenício é tido como o ancestral de todos os alfabetos modernos.


His Eyes, Renee Carter

16 de fevereiro de 2012

Título: His Eyes
Autor: Renee Carter
Número de páginas: 196
Editora: Outskirts Press
Livro ainda não lançado no Brasil


Qual a maneira mais provável de encontrar o amor? De babá. Ou, ao menos que seja Amy Turner. Amy está a ponto de se formar no colégio quando encontra um anúncio para cuidar de crianças durante o verão. Não tinha ideia de onde estava metendo-se. Seu novo trabalho era cuidar de Tristan Edmund, um garoto sexy e rico de sua idade... e que recentemente ficou cego. Tristan não está interessado em aceitar sua ajuda. Isso é o que ele pensa.
Desde que perdeu seu pai e ficou cego em um concurso de salto a cavalos, Tristan passa os dias na escuridão, negando-se a aceitar sua deficiência. Para seu desgosto, Amy entra em sua vida e o arrasta para a luz. Mas quando os dois começam a sentir algo um pelo outro, a linda ex-namorada de Tristan aparece. Será muita tentação, ou Tristan será capaz de escolher a única garota que realmente o vê?



Amy Turner é uma garota de 18 anos que ama música e sonha em ser jornalista, está prestes a se formar e pronta para ir a faculdade, mas há um porém... ela precisa de dinheiro para pagar o dormitório da Universidade que quer frequentar, a Evanston, do contrário terá de ir para a Universidade de Illinois. Com a proximidade das férias, Amy procura um emprego de verão e faz uma entrevista para ser babá. Quando vai para a entrevista de emprego, conhece a Sra. Edmund e seus dois filhos mais novos, Chris e Marly, e logo em seguida vem a surpresa: o menino que ela tomará conta não é nenhuma das duas crianças e sim Tristan, um garoto de sua idade e que ficou cego!

No começo Tristan é um chato que não quer a ajuda de Amy e nem de ninguém, o que até certo ponto é compreensível, ele ficou cego após um acidente e antes da perda da visão teve de enfrentar a morte de seu pai. Mas Amy não se da por vencida, ela quer e precisa do dinheiro e volta dia após dia tentando conquistar a confiança de Tristan. Não só consegue tirar Tristan de dentro de casa, como também o faz sorrir outra vez. Amy começa a ter problemas quando se vê apaixonada por alguém que não podia se apaixonar, afinal ela ganha dinheiro para cuidar de Tristan e a situação só pioara quando a ex namorada de Tristan aparece, será que Tristan ainda gosta dela?

A história não aborda apenas o relacionamento dos dois, mas também da família de ambos. Apesar dos Edmund serem ricos, precisam encarar a realidade, que o Sr. Edmund já não está mais lá para ajudá-los. Tudo que a Sra. Edmund quer é o melhor para seus filhos e principalmente ajudar Tristan, por isso contrata uma babá da idade do filho, para tentar convencê-lo a ir a um especialista, aprender braile, enfim, se adaptar a sua nova realidade. Já os Turner enfrentam o drama de aceitar que Charlie, irmão mais velho de Amy, saiu de casa e nunca mais entrou em contato. Ele saiu de casa quando tinha a idade de Amy e todos os anos sua mãe faz o que Amy chama de "jantar do Charlie" na esperança de que um dia seu filho retorne.

O livro é uma delícia de ler, nem vi o tempo passar e fiquei triste quando acabou... a história é muito curtinha. Achei meio corrido a parte final do livro, queria que a autora tivesse abordado mais a fundo algumas situações que ela colocou na história. Mesmo assim eu adorei a história e recomendo para quem gosta desse tipo de livro.

Como surgiram os sebos

8 de fevereiro de 2012

   Hoje senti vontade de falar sobre os sebos, pensar sobre eles me faz lembrar de quando eu era criança e meu pai ia a sebos comprar livros didáticos para recortar figuras para os meus trabalhos e eu sempre ficava imaginando os tais sebos, muito diferentes do que realmente são.
Não sei porque nunca pedi para ir com o meu pai, e lembro como se fosse hoje a primeira vez que entrei em um. Tive a sorte ou azar de ir em um que em nada parecia com o que eu tinha imaginado, era até bem bonitinho, parecendo uma mini-livraria. Depois fui em outros que eram bem desorganizados e sujinhos.
A primeira vez que eu fui, realmente foi para matar a curiosidade, das outras vezes eu cismei que queria encontrar algo "especial", algo que me faria pensar "é esse que vou levar", mas ainda não aconteceu. Na verdade eu ainda não tive a oportunidade de ir com calma e para ir nesses lugares é preciso de tempo para poder procurar.
Então fiz o post para contar o por que do termo "sebo", quando eles surgiram e também para esclarecer que não são vendidos apenas livros velhos ali.


    Os sebos surgiram no século XVI, na Europa, quando os mercadores começaram a vender a pesquisadores papiros e documentos importantes da época.
Segundo o historiador Leonardo Dantas Silva, esses mascates eram chamados de alfarrabistas (alfarrábio significa livro velho e raro), nome que os acompanha até hoje em países como a França e Bélgica, onde essa atividade é considerada essencial para historiadores e pesquisadores em geral.
Os primeiros sebos no Brasil demoraram a aparecer, somente por volta da metade do século XIX.

    O nome sebo vem do tempo em que não havia luz elétrica e as pessoas liam à luz de velas. As velas, naquele tempo, eram feitas de gordura, de sebo. Conforme iam derretendo, acabavam sujando os livros, que ficavam engordurados, ensebados, sebentos, termo que evoluiu a sebo.

   Outros dizem que os estudantes e leitores vorazes por irem a todos os lugares com um livro embaixo do braço acabavam por torná-lo sujo, ensebado. Por isso, os alfarrabistas, vendedores de livros velhos, ficaram conhecidos no Brasil como caga-sebos, e com o tempo a livraria que negocia usados ganhou o nome de sebo.


O que é um sebo? 
Os sebos são livrarias que vendem livros usados com preços mais baixos em relação às livrarias tradicionais.

O que é vendido em um sebo?
Ao contrário do que muita gente imagina um sebo não vende apenas livros velhos, mas também livros novos, cds, discos de vinil, gibis e revistas. Os preços podem variar, vai depender da raridade e do estado de conservação.

Por que comprar em um sebo?
Eu acho interessante comprar em sebos livros que não são mais encontrados em livrarias tradicionais ou mesmo livros novos que por serem usados tem um preço mais acessível ou encontrar raridades.


Caso você queira ir a um sebo e não saiba onde tem na sua cidade, encontrei um site que lista os sebos de diversas cidades:
Lista de Sebos

Ou se não quiser sair de casa, há sebos online, tais como:
Estante Virtual
Sebos Online
* nunca comprei em nenhum deles.


E você, já foi em um sebo ou gostaria de ir em um?

Penelope, Marilyn Kaye

3 de fevereiro de 2012

Título: Penelope
Autora: Marilyn Kaye
Editora: Galera Record
Número de páginas: 240


Penelope Wilhern tem tudo o que uma garota pode querer: uma família rica e da alta sociedade, um quarto adorável e muitas roupas de estilistas famosos. Mas nem tudo é perfeito e ela tem um problema... foi amaldiçoada com um nariz de porco, e a maldição só será quebrada quando alguém de sua mesma classe social aceitá-la como ela é.
Isolada do mundo pela família envergonhada, Penelope precisa entrevistar uma fila de solteiros esnobes na tentativa desesperada de encontrar um marido e acabar com a maldição. Mas ela deseja muito mais da vida e, depois que os planos de sua mãe e de uma casamenteira profissional desandam, ela resolve fugir e cair no mundo em busca de liberdade.





Penelope é um conto de fadas moderno, com direito a príncipe e porca, ops, princesa, a bruxa má e um final feliz.
Fiquei com pena de Penelope em vários momentos, não pelo nariz, mas pela forma como sua mãe a tratava, ela é quem mais sentia vergonha do nariz, chegando ao ponto de não deixar a filha sair de casa por 25 anos... é muita maldade, credo!
Mas devo admitir que achei muito exagero sentirem medo de alguém por ter um nariz de porco, obviamente seria estranho, mas sair correndo de medo é muita viagem.
Apesar do final previsível, eu adorei o livro, é muito fofo, gosto de histórias assim com final feliz e tudo que tem direito e inclusive traz uma lição.
Recomendo a leitura para quem quiser dar uma distraída e ler um livro bonitinho, é uma leitura bem rápida, li em uma tarde.