Adormecida, Anna Sheehan

28 de setembro de 2012

Título: Adormecida
Título original: A long, long sleep
Autor: Anna Sheehan
Editora: Lua de Papel
Número de páginas: 272


Rose Fitzroy esteve dormindo profundamente por décadas. Imersa num sono induzido, esquecida em um porão por mais de 60 anos, a jovem foi tratada como desaparecida enquanto os anos sombrios pairavam sobre o mundo. Despertada como por encanto e descobrindo-se herdeira de uma corporação multimilionária, Rose vai entendendo pouco a pouco, tudo o que aconteceu em sua ausência.
Ela descobre que seus pais estão mortos. O rapaz por quem era apaixonada não é mais que uma mera lembrança. A Terra se tornou um lugar estranho e perigoso, especialmente para ela, que terá de assumir seu lugar à frente dos negócios.
Desejando adaptar-se à nova realidade, Rose só consegue confiar numa única pessoa estranhamente familiar. Rose até gostaria de deixar o passado para trás, no entanto, ao pressentir o perigo, percebe que precisa enfrentá-lo - ou não haverá futuro


Logo que vi a capa de Adormecida senti vontade de ler o livro e dessa vez resolvi ler a sinopse, o que só fez com que minha curiosidade aumentasse. Me surpreendi logo no começo da leitura, pois a história é completamente diferente do que eu havia imaginado, pois o livro não é uma releitura de Bela Adormecida, que aliás é um dos contos de fada que eu mais gosto.

Sei que vai parecer estranho falar isso, mas a verdade é que ainda não cheguei a conclusão se gostei ou não. Esperava bem mais do livro, desde os motivos para a Rose ter ficado mais de 60 anos em estase química e também em relação aos personagens.
No começo até gostei deles, depois não conseguia ler sem pensar "Quanto exagero" ou coisas do gênero. Claro que é muita loucura ficar "dormindo" por mais de 60 anos e abrir os olhos e descobrir que todos que você conheceu não estão mais ali, mas eu teria curiosidade para descobrir exatamente o que aconteceu com elas e também iria querer entender como simplesmente fui esquecida dentro de um tubo.
Acontece que a Rose é tão bobinha que simplesmente não quer saber e nem pensar no assunto. No decorrer do livro entendi o motivo da Rose ser do jeito que é e cheguei a sentir pena, mas ainda assim a personagem não me conquistou realmente. Quanto ao Bren - o garoto que encontrou a Rose no depoósito -, fiquei com a sensação de que havia dois dele na história, pois no começo do livro as ações dele eram completamente diferentes da do Bren do final e a mudança foi repentina. Não posso deixar de mencionar o Xavier, pois o amor dele e de Rose é lindo e triste e inclusive cheguei a derramar algumas lágrimas quando a Rose contou toda a história do casal. No livro também conhecemos Otto, um jovem que não é exatamente humano, ele foi um dos experimentos da Unicorp, em que combinaram DNA humano com micróbios alienígenas e foi o personagem que mais gostei, as conversas dele com a Rose são fofas e achei legal a ênfase dada no fato de que conversar por programas do estilo "MSN" era totalmente antiquado para a época deles.
Depois de conhecer um personagem desses, fiquei imaginando mil e um motivos para os pais da Rose a colocarem em estase várias vezes e por tanto tempo e quando descobri o que realmente aconteceu fiquei decepcionada.

O livro me fez pensar muito na questão do escapismo, poder parar a vida a hora que eu quiser e pelo tempo que eu quiser, isso seria realmente ótimo para fugir dos problemas nos momentos difíceis, mas ao mesmo tempo fiquei me perguntando quem iria querer fazer isso? Porque por mais que você não envelheça enquanto está em estase, as outras pessoas sim e ver o bebê que você conheceu com a mesma idade que você pode ser assustador, não? Entretanto era normal para Rose e sua família, ou melhor dizendo, seus pais a induziram a pensar que era normal.
O que realmente deixou a desejar foi o motivo para ninguém ter a tirado da estase e também por ninguém ter visto o tubo no porão por tanto tempo. Acredito que eu teria sentido raiva de qualquer forma, mas eu esperava um motivo mais emocionante. Outra coisa que me incomodou foi a Rose escapando da morte várias vezes, haja sorte. No fim a autora ainda dá a entender que há mais coisa para ser descoberta, ou seja, mais livros. Às vezes séries e trilogias me cansam.

Não encontrei informações a respeito da continuação, é só achismo mesmo.


Outras capas



[Meme] Fila de livros não lidos

16 de setembro de 2012

Realmente não sei o que acontece comigo, sabe quando não fazemos nada e ao mesmo tempo fazemos tudo? É, não sei se alguém consegue entender isso, mas é assim que me sinto na maior parte do tempo. Não importa o que eu faça, eu não consigo ser uma pessoa organizada e consequentemente não faço nada do que preciso ou quero. Trabalhos atrasados, falta de estudo para provas, desenhos para serem feitos, filmes para assistir, livros para ler (...) Isso é depriemente!

Vou aproveitar minha falta de tempo e preguiça para responder mais um meme ao qual fui indicada pela Amanda e Rafaela.




Regras:
1. Responda as perguntas.
2. Link o blog que te enviou o meme.
3. A Lia quer saber de suas respostas. Deixe um comentário no post do blog avisando que respondeu o meme, com o link pro seu post.
4. Repasse para 5 ou mais blogs.

1 - Qual a quantidade de livros comprados/ganhados e não-lidos que você tem na fila atualmente?
São muitos, não chega ao exagero como algumas pessoas que possuem mais de 50 livros não lidos, mas tenho vários na estante me olhando com cara de cachorro sem dono.

2 - Como ou por que motivo você chegou a essa quantidade?
Quero ler muitos livros, mas isso não significa que quero lê-los nesse exato momento. Às vezes eu ganho ou aproveito promoções, mas só vou ler mesmo quando sentir vontade ou tiver tempo. Então é inevitável, a fila vai crescendo.

3 - Você tenta se controlar para não comprar muito (e aumentar o tamanho da fila) ou não se importa com isso e compra quando tem oportunidade/dinheiro/vontade?
Sinceramente, não me importo. Se tiver uma promoção ou se eu estiver louca para ler um certo livro, vou lá e compro sem pensar que tenhos vários outros me esperando na estante. Infelizmente as pessoas não me compreendem e acham que sou uma compradora compulsiva, então fiz uma aposta com meu namorado para provar que consigo me controlar e ficarei até o dia 14/12/2012 sem comprar livros.

4 - Nos últimos meses, a sua fila está tendendo a aumentar ou a diminuir?
Aumentar, porque por mais que eu leia, quando tem promoção eu compro vários livros de uma vez. Não consigo ser constante e comprar um livro só depois que eu terminar de ler outro.

5 - Quantos livros em média você compra/ganha por mês?
Isso varia muito, acho que do ano passado pra cá foram os meses que mais comprei livros.


Não indicarei ninguém, já expliquei que não gosto muito, mas fiquem à vontade para responder!

Nosso último verão, Ann Brashares

4 de setembro de 2012

Título: Nosso último verão
Título original: The last summer (of you and me)
Autor: Ann Brashares
Editora: Suma de letras
Número de páginas: 264


Na vila de Waterby em Fire Island, os ritmos e rituais são sacrossantos: as cerimoniosas chegadas e partidas de barca, os jantares no iate clube com sua comida terrível, e as vistas de tirar o fôlego; o decreto tácito contra sapatos; e o desfile de gerações de crianças bronzeadas e cheias de areia, correndo, nadando, gritando e crescendo na praia.
Nosso Último Verão é a encantadora e emocionante história do triângulo de amizade praiana entre jovens adultos para quem o verão na vila de Waterby significavam tudo. Ao longo de toda sua vida, as irmãs Riley e Alice, agora em seus vinte anos, retornavam à modesta casa de praia de seus pais a cada verão.
A pequena e tenaz Riley é uma moleca e uma salva-vidas, sempre pronta para um mergulho à meia-noite, um velejo tempestuoso ou uma disparada de pés descalços ao longo da praia. A bela Alice é doce, maleável, uma leitora e pensadora, e admiradora de sua irmã mais velha. E, crescendo na grande mansão que eclipsa a humilde casa das irmãs, vivia Paul, um amigo tão importante para as duas meninas quanto o próprio lugar e que agora finalmente volta à ilha após três anos de ausência. Mas seu retorno marca uma estação de tremendas mudanças, e quando uma atração fervilhando em silêncio, uma séria doença e um grande segredo colidem, os três amigos são lançados num mundo adulto desconhecido, um mundo contra o qual seu refúgio de verão já não pode protegê-los.


Antes de mais nada, vale ressaltar que sou suspeita para falar de um livro da Ann Brashares depois de ter lido a série "A irmandade das calças viajantes", que eu amei e inclusive já falei aqui no blog.
Sim, eu esperava muito do livro "Nosso último verão" por n motivos e nos primeiros capítulos senti uma pontada de decepção e só não abandonei o livro porque não é do meu feitio tal coisa, mas muito antes da metade do livro eu comecei a me envolver de verdade com a história e estou realmente feliz em dizer que não me decepcionei.
Esperava uma história completamente diferente, eu não tinha lido a sinopse e fiquei surpresa ao saber que uma das personagens tem a mesma idade que eu, isso me fez me identificar ainda mais com a história das irmãs Alice e Riley e o amigo de verão Paul, da mesma forma que me identifiquei com as quatro amigas quando eu também tinha 15 anos.

No livro conhecemos não só o presente dos três amigos e suas famílias, mas também o passado deles, algumas lembranças sobre os verões na ilha. Na verdade em alguns momentos eu fiquei com a sensação de que os personagens eram muito mais jovens, mas acho que foi isso que me fez me sentir ainda mais próxima da Alice. Quando ouço falar que alguém da minha idade está noivo ou é casado eu me assusto, de verdade. Saber das experiências da Alice, ou a falta delas, me fez me sentir mais eu, mais normal e que não sou um caso totalmente perdido.
Já disse no blog que moro em Santos, nasci e passei grande parte da minha vida aqui, mas em alguns verões (e quando criança muitos invernos) ia para uma cidade litorânea super perdida pertinho daqui, acompanhada do meu irmão e primos e não teve como não me pegar lembrando de vários momentos que passei lá. Porém isso não foi tudo, o que realmente me surpreendeu, até agora, foi ter me identificado e gostado de verdade de uma personagem feminina, depois de tanto tempo. Não que eu não tenha sentido vontade de dar uns chacoalhões ou tapas na Alice, no Paul e na Riley, mas ah, eles me conquistaram. Isso sem contar com a descrição da primeira vez do casal que me fez sorrir feito boba.

O único problema é que não precisa ser muito esperto para supor o que acontecerá no livro, a começar pelo próprio título e antes de chegar na metade do livro já acontece uma coisa que faz pensar "Ok, vai realmente acontecer tal coisa" e você só não sabe como e quando, mas sabe que vai acontecer e eu odeio me sentir assim pois sofro por antecipação e não consigo largar o livro enquanto não vejo acontecer e então poder chorar de soluçar até cansar. Me surpreendi por não ter chorado tanto quanto imaginei que choraria, acho que estou ficando insensível.

Fiquei os últimos dias refletindo, inclusive ainda estou pensando na história e acho que vai ser mais um dos livros que ficará martelando dentro da minha cabeça por alguns meses.Valeu a pena ter comprado o livro por R$19, mesmo que eu tivesse prometido que não compraria nenhum que custasse mais do que R$10. Heh.
Agora mais do que nunca eu quero ler "3 Willows" e "My name is memory". Preciso.


Eu adoro livros em que a história acontece nas férias de verão e quando procurei as capas dos outros países... ihi, gostei de várias, mas principalmente das capas que tem duas mulheres e a que tem os chinelos: