Queria que estivesse aqui, Pete Nelson

31 de maio de 2012

Título: Queria que estivesse aqui
Autor: Pete Nelson
Editora: Lua de Papel
Número de páginas: 256


Para Paul, a vida se tornou uma sucessão de obstáculos. Abandonado pela esposa, o pai acaba de sofrer um derrame, sua nova namorada está indecisa entre ele e outro homem e, além disso, Paul se vê obrigado a lidar com questões familiares antigas, coisas que adiou até agora, mas que finalmente terá de enfrentar.
Por outro lado, ele ainda conta com 3 sustentações em sua vida: as doses no Bay State Bar, seu novo par de tênis (que o lembra de fazer exercícios), e Stella, sua grande amiga e companheira, que lhe dá sábios conselhos, que não o julga, e lhe dá amor incondicional.




Esse foi o primeiro livro que recebi em parceria com a editora Leya/Lua de Papel. Quando chegou aqui em casa minha mãe falou "Ai que capa bonita, deve ter uma história linda, né?" e eu disse "Hum, acho que sim". Nesse momento senti um pouco de arrependimento da escolha que fiz. Deveria ter escolhido outro livro e deixado esse para outro momento.

Tenho um real problema com livros e filmes que envolvem cachorros, pois sempre mexem comigo.
Não é a primeira vez que falarei aqui, mas vou repetir, eu sou muito emotiva e realmente não é preciso de muito para me fazer chorar. Colocar um animalzinho numa história - seja ela de livro ou de filme - é certeza que meus olhos se encherão de lágrimas e dessa vez não foi diferente.
Enrolei demais para ler o livro e pensei a todo instante porque diabos o escolhi. Tenho o livro Marley e Eu há anos na minha estante e até hoje não o li e também não assisti ao filme por pura falta de coragem. Outro filme que enrolo para assistir é o Sempre ao seu lado, não gosto nem de lembrar do trailer que já me emociono.
Enfim, li "Queria que estivesse aqui" e no começo eu quase desisti por dois motivos, o primeiro é por esse mesmo que já falei acima, minha tristeza com histórias que envolvem cães e a segunda é porque eu fiquei com cara de bolinho quando comecei a leitura e percebi que o cachorro da história falava.
Mas depois de algumas páginas simplesmente achei o máximo o fato de Stella conversar com o Paul. Me fez lembrar de todas as vezes que conversei com a Belinha, minha cachorra, e ansiei por uma resposta. Seria ótimo se isso acontecesse.

Os diálogos entre os dois foi a parte que mais gostei. É perceptível na história o quanto a Stella conhece muito bem o Paul e os comentários que ela faz são ótimos. Ela deixa claro o quanto é observadora e se importa com o amigo, além de deixar claro o quanto complicamos para resolver questões simples.
Porém o livro não se resume apenas aos dois, apesar de ser por meio da conversa deles que conhecemos boa parte do passado de Paul e a atual circunstância na qual se encontra. Acompanhamos sua visita ao pai que acabou de ter um derrame e vemos como sua relação com a família não é das melhores e também conhecemos Tamsen, que é sua quase namorada, mas que vive um outro relacionamento ao mesmo tempo.

Me identifiquei muito com o Paul. Não que eu seja divorciada ou brocha, ou as duas coisas, mas aquela mania dele em achar que não merece ser feliz é uma coisa que eu faço o tempo todo. Pena que ainda não tive a epifania que ele teve e que o ajudou a superar e a resolver os problemas. De modo geral me identifiquei demais com o livro, em vários momentos eu pensei: "Nossa, eu penso isso também" ou "Poxa, eu sou assim".

Até um certo momento eu estava me sentindo inquieta, sabe quando você imagina o que vai acontecer, mas passa a maior parte do tempo torcendo para que não aconteça e a cada virada de página pensa "É agora"? Então, foi assim que me senti em boa parte do livro, sempre esperando pelo pior. Esse livro me fez chorar muito.

Uma parte importante da história é explicada por Stella e apesar de ser uma questão delicada, faz sentido.

"Existe um limite. Acima dele, a vida é boa, portanto continue vivo, porque tem saúde e atenção. Assim, tudo está bem. Mas abaixo dessa linha, a vida não é boa. Você sente dor, ou está ferindo os outros, ou não sente mais satisfação quando está com seus entes queridos, ou mesmo se sente envergonhado todo o tempo porque tem incontinência e fica mijando em si mesmo. Abaixo dessa linha, desligar da tomada é melhor do que ligar. Apenas perceba, quando chegar lá". (página 20)

Isso é uma coisa que eu falo muito, não importa quanto tempo eu viva contanto que nesse tempo eu viva bem.

Não me arrependo de ter lido o livro, me identifiquei demais com ele e pensei em todos os aspectos da minha vida, da mesma forma que é abordada a vida de Paul. Só que definitivamente não foi uma boa semana para ler o livro, pois faz mais de uma semana que a Belinha não está bem de saúde e quando penso que ela já está ficando velhinha com seus quase 10 anos me da um desespero. Não estou pronta para perdê-la. Mas afinal, quem está preparado para perder as pessoas e bichinhos que ama?

Me faz mais feliz.

Livro com cara de filme

22 de maio de 2012

Ainda não falei aqui sobre o meu horror aos livros com capas de filme, mas lembro de já ter comentado em vários blogs algo do gênero: "Não comprei esse livro porque mudaram a capa". Sei que parece horrível falar desse jeito, mas o pior é que é verdade. Não, eu não deixei de comprar absolutamente todos os livros que possuem o cartaz do filme e aliás, comprei vários, mas todos com certo desgosto.
Sei que muitos livros ainda tem a opção das duas capas, mas a maioria deixa de ser vendida logo em seguida ou tem uma grande diferença no preço, o que acho totalmente injusto.

As capas com imagem de filme não são feias, mas acho sem propósito colocar ali personagens que geralmente nada tem a ver com o livro e geralmente perde-se a "essência" do livro.
Colocar o cartaz do filme na capa de um livro é tirar a chance do leitor imaginar os personagens. Sim, eu sei que existem capas com pessoas desconhecidas e que tecnicamente também deveriam tirar a oportunidade de imaginarmos os personagens, mas isso não acontece, pelo menos não comigo.

O meu namorado insiste em dizer que é uma jogada de marketing em todos os momentos que insisto em reclamar e choramingar sobre a minha indignação, frustração, tristeza (...) por não encontrar mais os livros que eu tanto quero com as capas originais.

Alguns livros que estou enrolando para comprar devido a mudança de capa:





Os únicos livros que comprei sem pensar muito no quesito capa foram os do Nicholas Sparks, mas nem por isso gosto delas, porque né... Olhem as capas dos EUA:



ADORO os livros dele e não deixo de comprar apesar da maioria ter a capa de filme, mas convenhamos, as capas dos EUA tem muito mais a ver com os livros. Para quem já leu algum deles vai notar: os cavalos (Querido John), as tartarugas (A Última Música), a casa (Diário de uma Paixão), o farol (O Milagre), e se eu não me engano o outono (Um Amor para Recordar) e admito que não entendi essa lua cheia de Noites de Tormenta, mas ainda assim acho a capa linda e Um homem de sorte eu ainda não li e não sei sobre a roda gigante, mas também gosto bastante. Os dois últimos livros são O melhor de mim e A Escolha, que também ainda não li. Quero todos.
Ah! Eu sei que nem todos os livros do Nicholas Sparks tem capa de filme, mas só porque nem todos tem um filme baseado na história (haha) e não sei o que aconteceu para não colocarem em Diário de uma paixão e Um amor para recordar.

E vocês, gostam de livros com capas de filme?

[Indicação] Private, Kate Brian

13 de maio de 2012

Adoro livros que me façam chorar e refletir, mas também adoro os livros fúteis. Sei que muita gente não gosta desse tipo de livro, mas para quem gosta, provavelmente Exclusivo será uma boa escolha.
Não lembro como eu soube da existência dos livros, mas comecei a ler Exclusivo em 2011 e ele foi um ótimo livro para ler depois de um dia estressante (ano de cursinho não é fácil). Só me dei por satisfeita quando li os quatro primeiros, deixando o restante para depois que eu terminar de ler Gossip Girl, que está esperando faz tempo.

Só quero alertar quanto a chatice da protagonista Reed, sério, ela é uma verdadeira mala sem alça. Sabe aquela pessoa que faz tudo para ser aceita em um grupinho? Essa é a Reed e eu simplesmente tenho pavor de gente assim. É o tipo de personagem que eu sinto vontade em sacudir e xingar a cada atitude estúpida que comete. Por que continuei a leitura? Ah, porque eu estava curiosa para saber do paradeiro do Thomas e além do mais, a Reed é tão desprezível que em alguns momentos eu cheguei a rir da "má sorte" dela, pois ela é tão sem personalidade e louca por popularidade que eu acho é pouco o que as garotas do billings fizeram com ela!

Porém não se deixe enganar com a sinopse do primeiro livro, pois não encontramos apenas uma história de meninas ricas e mimadas e de uma abobada que quer a todo custo fazer parte do seleto grupinho, pois apesar delas serem, há também um pouquinho de suspense. Após terminar o livro 4, eu conclui que essas garotas são malucas, só pode.

A série é composta por quinze livros, sendo que até o momento apenas três(!) foram lançados no Brasil. Daqui a quantos 10 anos a Galera Record terminará de lançar os livros? Já falei da minha indignação com a lerdeza das editoras em lançar a continuação de séries/trilogias? É, pois é.
 
Enquanto eu procurava mais informações dos livros, eu soube que fizeram uma web série baseada neles, mas preferi ler os livros antes e quando fui procurar de novo só encontrei disponível o primeiro episódio. Se quiserem assistir, está no site oficial dos livros.



Livro 1: Exclusivo
Autora: Kate Brian
Editora: Galera Record
Número de páginas: 272


Reed é a garota nova da vez na Academia Easton. Bolsista, ela acredita que será muito difícil se adaptar ao colégio, que reúne jovens ricos e sofisticados. Mas tudo muda quando ela conhece as Meninas do Alojamento Billings. As mais populares e belas do campus, elas podem representar o passe para tudo que um colégio particular e exclusivo tem a oferecer: festas às escondidas, garotos lindos, roupas de grife... e segredos terríveis. Reed terá de pesar até onde está disposta a ir em nome da popularidade.








Livro 2: Só para convidados
Autora: Kate Brian
Editora: Galera Record
Número de páginas: 304


O futuro de Reed já parece tão brilhante quanto os diamantes de 2 quilates que enfeitam as orelhas de suas novas colegas de alojamento. Ela é uma Menina do Billings agora. E com o novo status vem respeito, inveja e, o mais importante, oportunidades. Sem falar das festas superexclusivas...

A Legado é a maior e mais importante entre elas. Pena que para estar lá você precisa fazer parte de um legado, e para isso Reed teria que nascer de novo. E agora? A vida no novo alojamento é tão glamourosa quanto ela imaginava, mas para realmente acompanhar as meninas Reed terá que se envolver nas muitas mentiras que cercam suas vidas.





Livro 3: Intocáveis
Autora: Kate Brian
Editora: Galera Record
Número de páginas: 288


Aparentemente Reed agora tem passe livre para todos os privilégios reservados às Meninas do Billings. Ela tem os amigos certos, é desejada pelos garotos mais populares e seu novo status garante que seu nome estará em todas as listas das mais disputadas festas do campus. Mas se tem uma lista que Reed nunca acreditou que haveria era a de suspeitos de um assassinato...









Eu adoro as capas e elas são as mesmas que as dos EUA. A seguir vocês podem conferir as capas dos livros ainda não lançados no Brasil:




Do papiro ao e-book [parte 3]

6 de maio de 2012

Desde que criei o blog eu tinha vontade de escrever sobre esse tipo de coisa, pois nunca tinha visto em outro blog. Então desde fevereiro eu faço um post por mês para falar um pouco sobre o surgimento da escrita e as fases até o livro tomar a forma que o conhecemos hoje.
Foi realmente difícil fazer os posts, por diversos motivos. Tanto para encontrar conteúdo, inclusive meu computador ficou com vírus durante uma das pesquisas que fiz e foi esse o motivo para não ter todos os links de onde peguei informações do 2º post, mas principalmente escrever um assunto que não vejo em outros blogs e por essa razão eu não tinha ideia de como as pessoas reagiriam.
Só foram feitos quatro posts devido aos comentários que recebi, onde percebi que as pessoas gostaram e principalmente, aprenderam. Apesar de não ter agradecido em nenhum outro post, estava esperando especialmente este, fica aqui o meu agradecimento a todos que leem o que eu tenho a dizer e fico feliz em saber que alguma dessas coisas tenham sido útil e/ou interessante para vocês.
Esse será o último post sobre a "evolução" do livro. As três primeiras partes podem ser lidas aqui: Mais que rabiscos, Do papiro ao e-book [parte 1] e Do papiro ao e-book [parte 2].


Idade Contemporânea

Cada vez mais aparece a informação não-linear, seja por meio dos jornais ou da enciclopédia. Novas mídias acabam influenciando e relacionando-se com a indústria editoral: os registros sonoros, a fotografia e o cinema.
O acabamento dos livros sofre grandes avanços, surgindo as edições de luxo.

- Atualmente, a Bíblia é o livro mais vendido do mundo.


Livro eletrônico (e-book)

O livro deve ser composto de um grupo de páginas encadernadas e ser portável. Entretanto, mesmo não obedecendo a essas características, surgiu no final do século XX o livro eletrônico. Ainda é cedo para dizer se o livro eletrônico é um continuador do livro típico ou uma variante, mas como mídia ele vem ganhando espaço, o que de certo modo amedronta os amantes do livro típico, os bibliófilos*.
Existem livros eletrônicos disponíveis tanto para computadores de mesa quanto para computadores de mão. Uma dificuldade que o livro eletrônico encontra é que a leitura num suporte de papel é cerca de 1,2 vez mais rápida do que em um suporte eletrônico.


Eu não tenho absolutamente nada contra quem os lê e ainda menos com quem não gosta deles. Eu os leio sim, e apesar de preferir ter o livro em minhas mãos, folhear as páginas, olhar a capa e a diagramação, sentir o cheiro, ver suas páginas amarelarem ao longo dos anos, eu não dispenso um e-book. Simples, não acho que um seja pior do que o outro e sim que cada um tem seus prós e contras e principalmente, eles tem a mesma finalidade, que é o de contar uma história, conhecimentos ou experiências.
Às vezes eu leio uns comentários que mais parecem desprezo a quem lê ou gosta dos dito cujos. Oras, por que ambos não podem ser bons? Por que ter de escolher entre um deles?
Além do mais, não acredito que o livro vá deixar de existir, caso esse seja o "medo" das pessoas que não gostam de livros eletrônicos, pelo menos não por enquanto. Como eu mostrei nesses quatro posts, o livro demorou muito, foram mais de 4 mil anos, para ser do jeito que o conhecemos hoje. Não se preocupem, quando o livro for raro o bastante para ser exposto em museus, provavelmente já estaremos todos mortos.

A única coisa que falta é o bom senso, pois quem em sã consciência comprará um livro virtual pelo preço de um livro de papel? E sim, já cansei de vê-los serem vendidos por uma diferença pequena de preço. Ou talvez isso não seja falta de bom senso, mas sim o medo de perder os compradores de livros. Depois reclamam de "pirataria", mas isso já é assunto para um outro post.

Não escrevi esse post para convencer alguém a aderir aos e-books. Eu leio vários, mas ainda assim prefiro os bons e velhos livros, só gostaria que as pessoas pensassem um pouco antes de sair por aí discursando de um jeito como se um e-book fosse uma ideia estúpida e desprezível.
Se os povos antigos não tivessem dado oportunidade às novas formas de divulgar ideias, ideais e experiências, nenhum de nós leria livro algum, a não ser que alguém fosse um monge copista ou talvez um nobre.

Qual é a ideia de vocês sobre incentivar a leitura? Se resume apenas a ler livros de papel ou que as pessoas parem nem que seja um minuto de suas vidas para ler uma história?


*Eu já tinha pesquisado o que é exatamente um bibliófilo, mas não vou explicar aqui, pois ontem a Luana fez um ótimo post falando exatamente sobre isso.

Ah, em uma das pesquisas que fiz, vi uma imagem muito legal que também fala sobre a evolução do livro, mas não a coloquei aqui porque ela está em inglês e eu não tive tempo para traduzir. Então caso sinta vontade de ver, o link é este aqui: Best Colleges Online

Fonte: Wikipédia