Para Paul, a vida se tornou uma sucessão de obstáculos. Abandonado pela esposa, o pai acaba de sofrer um derrame, sua nova namorada está indecisa entre ele e outro homem e, além disso, Paul se vê obrigado a lidar com questões familiares antigas, coisas que adiou até agora, mas que finalmente terá de enfrentar.
Por outro lado, ele ainda conta com 3 sustentações em sua vida: as doses no Bay State Bar, seu novo par de tênis (que o lembra de fazer exercícios), e Stella, sua grande amiga e companheira, que lhe dá sábios conselhos, que não o julga, e lhe dá amor incondicional.
Por outro lado, ele ainda conta com 3 sustentações em sua vida: as doses no Bay State Bar, seu novo par de tênis (que o lembra de fazer exercícios), e Stella, sua grande amiga e companheira, que lhe dá sábios conselhos, que não o julga, e lhe dá amor incondicional.
Esse foi o primeiro livro que recebi em parceria com a editora Leya/Lua de Papel. Quando chegou aqui em casa minha mãe falou "Ai que capa bonita, deve ter uma história linda, né?" e eu disse "Hum, acho que sim". Nesse momento senti um pouco de arrependimento da escolha que fiz. Deveria ter escolhido outro livro e deixado esse para outro momento.
Tenho um real problema com livros e filmes que envolvem cachorros, pois sempre mexem comigo.
Não é a primeira vez que falarei aqui, mas vou repetir, eu sou muito emotiva e realmente não é preciso de muito para me fazer chorar. Colocar um animalzinho numa história - seja ela de livro ou de filme - é certeza que meus olhos se encherão de lágrimas e dessa vez não foi diferente.
Enrolei demais para ler o livro e pensei a todo instante porque diabos o escolhi. Tenho o livro Marley e Eu há anos na minha estante e até hoje não o li e também não assisti ao filme por pura falta de coragem. Outro filme que enrolo para assistir é o Sempre ao seu lado, não gosto nem de lembrar do trailer que já me emociono.
Enfim, li "Queria que estivesse aqui" e no começo eu quase desisti por dois motivos, o primeiro é por esse mesmo que já falei acima, minha tristeza com histórias que envolvem cães e a segunda é porque eu fiquei com cara de bolinho quando comecei a leitura e percebi que o cachorro da história falava.
Mas depois de algumas páginas simplesmente achei o máximo o fato de Stella conversar com o Paul. Me fez lembrar de todas as vezes que conversei com a Belinha, minha cachorra, e ansiei por uma resposta. Seria ótimo se isso acontecesse.
Os diálogos entre os dois foi a parte que mais gostei. É perceptível na história o quanto a Stella conhece muito bem o Paul e os comentários que ela faz são ótimos. Ela deixa claro o quanto é observadora e se importa com o amigo, além de deixar claro o quanto complicamos para resolver questões simples.
Porém o livro não se resume apenas aos dois, apesar de ser por meio da conversa deles que conhecemos boa parte do passado de Paul e a atual circunstância na qual se encontra. Acompanhamos sua visita ao pai que acabou de ter um derrame e vemos como sua relação com a família não é das melhores e também conhecemos Tamsen, que é sua quase namorada, mas que vive um outro relacionamento ao mesmo tempo.
Me identifiquei muito com o Paul. Não que eu seja divorciada ou brocha, ou as duas coisas, mas aquela mania dele em achar que não merece ser feliz é uma coisa que eu faço o tempo todo. Pena que ainda não tive a epifania que ele teve e que o ajudou a superar e a resolver os problemas. De modo geral me identifiquei demais com o livro, em vários momentos eu pensei: "Nossa, eu penso isso também" ou "Poxa, eu sou assim".
Até um certo momento eu estava me sentindo inquieta, sabe quando você imagina o que vai acontecer, mas passa a maior parte do tempo torcendo para que não aconteça e a cada virada de página pensa "É agora"? Então, foi assim que me senti em boa parte do livro, sempre esperando pelo pior. Esse livro me fez chorar muito.
Uma parte importante da história é explicada por Stella e apesar de ser uma questão delicada, faz sentido.
Isso é uma coisa que eu falo muito, não importa quanto tempo eu viva contanto que nesse tempo eu viva bem.
Não me arrependo de ter lido o livro, me identifiquei demais com ele e pensei em todos os aspectos da minha vida, da mesma forma que é abordada a vida de Paul. Só que definitivamente não foi uma boa semana para ler o livro, pois faz mais de uma semana que a Belinha não está bem de saúde e quando penso que ela já está ficando velhinha com seus quase 10 anos me da um desespero. Não estou pronta para perdê-la. Mas afinal, quem está preparado para perder as pessoas e bichinhos que ama?
"Existe um limite. Acima dele, a vida é boa, portanto continue vivo, porque tem saúde e atenção. Assim, tudo está bem. Mas abaixo dessa linha, a vida não é boa. Você sente dor, ou está ferindo os outros, ou não sente mais satisfação quando está com seus entes queridos, ou mesmo se sente envergonhado todo o tempo porque tem incontinência e fica mijando em si mesmo. Abaixo dessa linha, desligar da tomada é melhor do que ligar. Apenas perceba, quando chegar lá". (página 20)
Isso é uma coisa que eu falo muito, não importa quanto tempo eu viva contanto que nesse tempo eu viva bem.
Não me arrependo de ter lido o livro, me identifiquei demais com ele e pensei em todos os aspectos da minha vida, da mesma forma que é abordada a vida de Paul. Só que definitivamente não foi uma boa semana para ler o livro, pois faz mais de uma semana que a Belinha não está bem de saúde e quando penso que ela já está ficando velhinha com seus quase 10 anos me da um desespero. Não estou pronta para perdê-la. Mas afinal, quem está preparado para perder as pessoas e bichinhos que ama?
Me faz mais feliz.